24 dezembro 2013

Inovação e Empreendedorismo em 2013

Unidade de Inovação e Empreendedorismo é a estrutura central da Agência para a promoção do empreendedorismo e de iniciativas de negócios para o desenvolvimento empresarial. E esta encontra-se na linha da frente nas intervenções, fazendo jus ao Programa do Governo (2011-2016) que aponta o empreendedorismo e a inovação como objectivos prioritários para o desenvolvimento do sector privado e o aumento da competitividade da economia cabo-verdiana. Este ano, com o objectivo de melhorar a performance da Agência e a qualidade das intervenções, foram criados novos programas e vários instrumentos de gestão visando responder com eficácia às necessidades dos empreendedores e dos empresários nacionais.

Nesta senda, a ADEI impulsionou fortemente na melhoria da promoção da cultura empreendedora através de várias iniciativas, sendo de destacar as realizações do Momento do Empreendedor (com 147 palestras de promoção e sensibilização para o empreendedorismo), o Start Up Universitário (concurso de plano de negócios), o Start Up Weekend (com 3 edições, para promover iniciativas de negócios), o Speed Networking (3 acções facilitando contactos e parcerias entre empresários) e a participação e promoção de eventos no quadro da realização da Semana Global do Empreendedorismo (GEW). Apesar de se ter conseguido níveis muito bons de realização, há necessidade de serem reforçadas, também por serem uma das linhas mestras de intervenção da Unidade. Apostando numa melhor definição dos perfis e suas necessidades, e podendo melhor programar as intervenções, a atender tanto aqueles que precisam de noções básicas quanto os que necessitam de conhecimentos especializados. Os atendimentos têm atingido níveis bastante satisfatórios. Em parceria com Câmaras Municipais, Ministério da Juventude e Casa do Cidadão, entre outros foi possível estar mais próximos das pessoas. Entretanto, a consolidação dos Gabinetes e os contactos com os empresários e empreendedores devem permitirão o aumento dos números no próximo ano. Se nos dois anos anteriores se procurou descentralizar os atendimentos, 2014 será de definição de objectivos mais ambiciosos ligado ao acompanhamento dos empreendedores de modo a sermos mais catalisadores e directivos.

O destaque deste ano, porém, vai para o programa de Academia MPME, que apesar de ter-se iniciado em Agosto no seu primeiro ano de implementação, pela necessidade de preparação conceptual e operacional, realizou 43 formações, incluindo 8 oficinas e três formações de consultores. Também deu devida atenção para o desenvolvimento de projectos através da metodologia CRER - Criação de Empresas em Espaço Rural, onde, através das formações para o desenvolvimento de projectos, os indicadores do programa CRIA se tornaram bastante positivos; devendo ser realçado o facto de estes projectos estarem na fase de acesso ao financiamento e apoio à implementação. Neste sentido, são necessários reforços dos mecanismos promocionais e de incentivo à permanente procura de soluções, baseadas nas necessidades das nossas empresas e dos nossos empreendedores, de modo a fazer crescer as empresas, a promover o emprego e a criar uma cultura de empreendedorismo. Os avanços conseguidos sugerem o reforço da inovação – procura de soluções, através do desenvolvimento do capital humano, pelo uso das tecnologias de informação e pela sua aplicação ao desenvolvimento das empresas, de mais acções viradas para empreendedores específicos nas Universidades, no incentivo á investigação, ao reforço de acções nos Centros de Juventude e de Empregos, nas escolas técnicas e de ensino secundário, entre outros.

José Teixeira | Coordenador Unidade Inovação e Empreendedorismo

Programa da ADEI capacita RH das MPME’S nacionais

O Programa Academia MPME visa impulsionar as opções e oportunidades de melhoria de capacidades em todas as áreas e sectores de interesse das Micro, Pequenas e Médias Empresas - MPME’s, em particular nos sectores estratégicos definidas no DECRP II. Está destinado a empreendedores, MPME’s e colectividades empresariais que procuram o reforço das suas competências empresariais e de gestão. Ao público-alvo deste programa é disponibilizado serviço de promoção e facilitação da formação empresarial com reforço na disponibilização de oferta formativa em duas grandes áreas: desenvolvimento do empreendedorismo e desenvolvimento empresarial. Os cursos da Academia MPME são lançados periodicamente ao longo do ano, no geral tem uma duração mínima de 15 horas, leccionadas preferencialmente em horário pós-laboral e são ministrados segundo a metodologia formação-acção.

O Programa foi lançado oficialmente em Agosto de 2013 e até ao mês de Dezembro já foram realizadas um total de 43 acções de formação com a participação de 1825 formandos de sete ilhas do arquipélago: Santo Antão; São Vicente; São Nicolau; Sal; Boavista; Santiago e Maio. 98% dos formandos inquiridos atribuíram nota positiva as acções desenvolvidas, sendo que mais de 90% considera que o programa constitui uma importante ferramenta de desenvolvimento ao dispor das MPME’s nacionais. Em 2013 o Programa foi co-financiado pelo QIR e contou com a especial parceria de várias organizações, nomeadamente, a Câmara de Comércio de Canárias. Além de facilitar o acesso a acções de formação à medida, o programa Academia MPME traz por outro lado oportunidades de negócio nas áreas de formação e logística de eventos.

Este foi concebido para ser operacionalizado pelo sector privado, sendo que, anualmente serão lançados concursos para a contratação de empresas que prestam serviços de formação a medida e logística de eventos, para a operacionalização de acções de formação em vários concelhos de todo o arquipélago. Em algumas ilhas do país a oferta de serviços de logística, de formação e de docentes especializados é fraca e por vezes nula o que constitui um enorme handicap no acesso das MPME’s as acções do Programa Academia MPME. Na verdade esta é uma boa oportunidade para as MPME’s que pretendem expandir o seu mercados-alvo.

Momento do Empreendedor continua a ser um sucesso

O ano de 2013 foi um ano em que o empreendedorismo se fez sentir em cada região/ilha na qual a ADEI está presente. Através da realização de 147 actividades a nível nacional, conseguimos espalhar a “semente” do empreendedorismo e começando a despertar a proactividade, a atitude e a curiosidade, nos 4365 participantes dos eventos. Este resultado foi conseguido através do projecto designado de Momento do Empreendedor (ME): um instrumento talhado para responder ao desafio de promover e incentivar uma economia competitiva e dinâmica e uma mão-de-obra devidamente qualificada e ajustada às necessidades, aos desafios e às oportunidades do mercado de trabalho.
Neste ano, tivemos uma atenção especial para com os micro, pequenos e médios empresários, através de sessões de trocas de experiências, partilha de informações e discussões á volta de aspectos do dia-a-dia, focalizando em temas como capitalização das empresas, leis laborais, marketing, recursos humanos, TIC’s, mercado, vendas, etc. A mesma atenção foi dispensada à capacitação de jovens estudantes dos Centros de Empregos e Formação Profissional e Escolas Técnicas, apostando em pequenas sessões de palestras, mini cursos e/ou workshops, de desenvolvimento de conteúdos que os familiarizem com o ambiente de negócio e com a realidade empresarial nacional e troca de experiências, debates e discussões de casos de sucessos. A estes potenciais empreendedores, o foco foi nos temas de sensibilização e promoção do empreendedorismo, nomeadamente o perfil, a importância e os riscos inerentes ao processo empreendedor, a iniciativa, as oportunidades de negócio, como trabalhar as ideias de negócios, entre outros.

Os números dos eventos, ou seja a quantidade dos eventos, referidos anteriormente, nada representam sem o quesito qualidade. A avaliação de qualidade é sempre feita através da implementação de um questionário de satisfação para a análise, não só dos conteúdos ministrados, mas também dos palestrantes. Mais de 90% dos participantes garantem estar satisfeitos com os eventos e avaliam positivamente, tanto as sessões como os palestrantes. O projecto é fundamentado em pressupostos práticos do dia-a-dia dos empreendedores e dos micros empresários, reforçado com a componente teórica, dotando os participantes de competências chaves para o processo empreendedor. Assim, quem passa por uma sessão do Momento do Empreendedor sai, a conhecer, nem que minimamente, as características, os riscos e o processo de transformação do empreendedor de hoje no empresário de amanhã!

17 dezembro 2013

Criação de empresas no programa CRIA

A ADEI Tem vindo a operar no sentido de promover a criação, desenvolvimento e sustentabilidade das empresas, através de acções de desenvolvimento da produtividade agregada, capacitação e inovação empresarial, tendo sob sua gestão directa os Programas CRIA, PME+, ACESSO AO MERCADO, INOVAR, RENOVAR e Academia MPME. Nos últimos anos, a ADEI tem ganho know how significativo acerca da realidade operacional das MPME cabo-verdianas, actuando de forma directa dentro das empresas e dos projectos de criação de empresas, através da contratação de consultores competentes para prestarem assistência técnica especializada de acordo com as necessidades avaliadas. Por exemplo, no âmbito do Programa CRIA (programa direccionado para assistência técnica na criação da empresa), a Agência assumiu uma viragem metodológica.

Com base no perfil dos clientes que se candidatam ao programa, know how da volatilidade dos mercados internacionais e dos vários constrangimentos existentes no ambiente de fazer negócios, já lá vão os tempos em que os planos de negocio afiguravam-se como ponto de partida base para a criação de uma nova empresa. Os grandes planos de marketing, igualmente começaram a configurar-se desajustados à nossa realidade. Os grandes estudos de mercado, passaram para um segundo plano, ao questionarmos se de facto, na fase de criação da empresa, valeria despender tanto dinheiro em planos ao invés de levar o promotor a apostar numa estratégia de penetração pelo contacto directo com os presumíveis clientes, previamente identificados, e que serviriam para todos os efeitos para dar feedback da utilidade do serviço / produto, bem como da sua funcionalidade.
Questão central: Afinal, porque antes não testar a aceitação no mercado e conseguir feedback de qualidade de forma imediata acerca das melhorias necessárias a se fazer no produto, para efectiva satisfação do cliente? Assim, ao invés de encomendar um estudo de mercado para posteriormente se encontrar as pessoas para entrevistar / testar, porque não partir do pressuposto do teste de aceitação do produto através dos presumíveis clientes? Para todos os efeitos, estes poderão vir a ser de facto os clientes iniciais e já testados. Porque não arrancar com plano de negócio e com a empresa já com clientes? Não se está a falar aqui da informalidade, nem tão pouco mais ou menos.

Vejamos outro ponto de vista: Partamos do princípio que para a criação da empresa, o estudo de mercado identifica as oportunidades, tendências, público-alvo (global), apoia na elaboração da estratégia empresarial, etc, etc, etc. Porém, importante reflectir pelo menos nos seguintes pontos:
a) Identificar e confirmar a existência de uma oportunidade de mercado através de um estudo, não significa que taxativamente o produto tal como primordialmente concebido será vendido, ou consumido, ou que trará benefícios ao cliente (tudo o que acrescentar valor);
b) Identificar um público-alvo, não significa conhecer um segmento de consumo.
Bom, sem teste prévio do produto, sem conhecimento do segmento específico, das duas, as duas: 

1.Todos os produtos são vendidos da mesma forma (nos mesmos suportes de comunicação de massa), pois não se conhece bem o segmento, e daí não há especificação nos suportes de comunicação;
2. Poucos promotores conseguem levar adiante um plano de comunicação / marketing por ser dispendioso vender nos canais de massa (sem clientes não há vendas e sem vendas não há receitas).

Resultado: dinheiro gasto sem utilidade nenhuma. A isto se chama de “desperdício”. E por mais ortodoxo que possa parecer, o acesso ao crédito não resolve esse problema na fase de arranque.
Além do desperdício, um grande entrave na dinamização do sector privado. Se subirmos no topo de uma montanha para analisaremos a imensidão de iniciativas de criação de pequenos negócios que se encontram a borbulhar por todo o país, vemos de facto um oceano de iniciativas com potencial, algumas inovadoras, outras nem por isso (não interessa muito perante um projecto e promotor com potencial), e todas ansiosas de arranque. No entanto grande parte vive o dilema de não saber como arrancar com sustentabilidade. O crédito igualmente não resolve esse problema.

A nossa missão é introduzir novas práticas de arranque das empresas, práticas inovadoras e que se ajustam ao nosso ambiente económico, para que possamos finalmente presenciar a tal “explosão”. O que aqui torna importante realçar, é que estamos a adoptar as novas abordagens da gestão moderna na assistência técnica para a criação de empresas. Efectivamente a ADEI tem encontrado resistências nos promotores, o que é normal, pois trata-se de uma mudança de atitudes e essencialmente de mobilidade no mercado. 
De facto, começamos a aceitar gradualmente a realidade de que as estratégias empresariais que aprendemos nas escolas de gestão, inspiradas na sua maioria em práticas organizacionais consolidadas em mercados estáveis, onde para todos os efeitos, as grandes estratégias ante arranque da empresa e os grandes planeamentos (estáticos), muitas vezes esplanadas num plano de negócio, são de facto importantes, mas de pouca utilidade pratica para o arranque e sustentabilidade dinâmico de novas MPME. É sim, preciso inovar, para crescer.


Dúnia Lopes | Coordenadora Unidade de Desenvolvimento Empresarial

Semana Global do Empreendedorismo 2013: Cabo Verde quer Empreender sem Fronteiras

A Semana Global do Empreendedorismo ou o GEW (Global Entrepreneurship Week) é um movimento global recente que contagiou o mundo ante a consciência generalizada de que, hodiernamente, a riqueza das nações depende mais da cultura do empreendedorismo do que de minérios dos subsolos. O movimento foi lançado na Inglaterra e se tornou global em 2008, somente cinco anos se passaram, de acordo com o relatório de 2012, já é a maior celebração do mundo dos inovadores e criadores de emprego que lançam startups que dão vida às ideias, impulsionam o crescimento económico e ampliam o bem-estar humano. Bem marcado tem-se presentemente o envolvimento de 131 países com mais de 7.491.695 participantes. Está patenteado e é de reconhecimento geral que libertar o espírito para a imaginação, para a iniciativa e para a inovação é uma arma com “poderes atómicos”. Ilumina mentes, impulsiona ideias, dinamiza a procura de soluções e responde às necessidades do incremento do desenvolvimento económico das nações com impacto global.
Cabo Verde fez sua inscrição desde 2010, tendo encaixado de forma activa seu ritmo à escala nacional. Dois anos mais tarde, em 2012, já era o país do ano, sendo o país com mais realizações per capita, graças ao envolvimento dos cidadãos, das empresas e organizações sociais e do Governo. Este ano o país estabeleceu metas mais ambiciosas, que apontam o aumento de 15 a 30 por cento aos resultados do ano anterior. Pois, tendo o reconhecimento dos Organizadores Internacionais e a Institucionalização da Semana Global do Empreendedorismo pelo Governo, através de Resolução Nº 71/2012, este ano, Cabo Verde quer Empreender sem Fronteiras, continuando a acelerar o empreendedorismo e a inspirar uma nova geração de empreendedores.
Este ano, o GEW irá decorrer de 18 a 24 de Novembro. Espera-se o envolvimento de mais pessoas, de estudantes, de professores, de empreendedores, de empresários, das instituições do Estado, das autarquias, das universidades, das empresas, das organizações sociais e um forte apoio do Governo. Todos devem participar nas actividades para ajudar a desenvolver o nosso génio empreendedor em Cabo Verde.
Embora seja um movimento que procura inspirar pessoas em todo o lado através de actividades locais, nacionais e globais, para ajuda-las a explorarem seus potenciais como empreendedores autónomos e inovadores, o GEW deixou de ser uma campanha de sensibilização para a consciencialização, e vem-se tornando numa plataforma, rampa de lançamento e oportunidades para muitos empreendedores. Procura facilitar a interligação e a colaboração envolvendo os diferentes players ao longo do espectro do empreendedorismo no fortalecimento dos ecossistemas em todo o mundo. Eliminar os condicionalismos, facilitar o ambiente de negócios, promover a inovação, facilitar novos negócios e conquistar novos mercados, aceder a recursos… são sempre os resultados eminentes. Sendo a dinamização e o fortalecimento das economias, a criação de empregos, a prazo, os impactos tido como certos e aguardados por todos.
Empreender sem fronteiras é pensar e fazer sem fronteiras. Cabo Verde é um país onde se reconhece a fraca cultura do empreendedorismo, o que significa que temos de continuar a moldar essa pedra preciosa que temos sobre os ombros. A geografia arquipelágica e uma nação diasporizada impelem-nos a modular nossos negócios, identificando nossos diferenciais para a competitividade interna e regional, e as oportunidades de novos mercados desta nação global.
O País e a nação têm histórias de sucessos e uma tradição de viabilizar o impossível. Vai sendo estruturado enquanto um país respeitado, com um ambiente de negócio cada vez melhor; e é hora de acelerar os passos, abrir-se para novos horizontes a trilhar novos caminhos, a navegar em novas vagas, a criar factores de sucesso e de competitividade. Afinal, contrariamente ao que se ouvia apregoar, somos um país com ambições de se tornar rico e próspero, porque a riqueza de um país é tanto maior quanto mais seus homens e mulheres estejam conscientes do capital que representam. Estes são desafios permanentes do GEW de Cabo Verde e global.


Jose Teixeira | Coordenador Unidade Inovação e Empreendedorismo

Doing Business: Cabo Verde sobe sete posições

O relatório do Doing Business 2013/2014 coloca Cabo Verde na 121ª posição, consubstanciando-se numa subida de sete posições em relação à classificação do relatório anterior em que o país ficou classificado na 128ª posição. Com esta classificação Cabo Verde ocupa o terceiro posto a nível das economias dos países lusófonos e volta a ser a economia melhor posicionada, entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). A nível da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), Portugal surge no 31.º posto, que corresponde também à 13.ª posição no conjunto das economias da União Europeia (UE), seguido por Brasil (116.º), Cabo Verde (121.º) e Moçambique (139.º).

O topo da lista é liderado pelas seguintes economias: Singapura; Hong Kong; Nova Zelândia; EUA e Dinamarca, que surge como a primeira economia da UE. Nas últimas posições encontram-se a República do Congo (185.º); Sudão do Sul (186.º); Líbia (187.º); República Centro Africana (188.º) e Chade (189.º). O projecto Doing Business, lançado em 2002, examina pequenas e médias empresas de 189 economias e analisa as regulamentações aplicadas a elas durante o seu ciclo de vida. Neste âmbito, são avaliados os seguintes indicadores do ambiente de negócios: abertura de empresas; obtenção de alvarás de construção; registo de propriedade; obtenção de crédito; protecção de investidores; pagamento de impostos; comércio internacional; execução de contractos e encerramento de empresas. 
A excelente performance de Cabo Verde neste último relatório do Doing Business deve-se, em grande parte, à ascensão extraordinária no quesito relacionado à “Abertura de Empresas”, onde Cabo Verde conseguiu subir 63 lugares, passando da 129ª para a 66ª posição (ver quadro síntese Doing Business 2014). É de registar, também, excelentes ganhos nos quesitos “Registo de Propriedades”, tendo-se subido cinco posições, do 69ª lugar em 2013 para o 64º lugar e “Pagamento de Impostos”, passando-se do 80º lugar para a 82ª posição. Os dados publicados em Outubro de 2013 pelo INE relativo ao 4º recenseamento empresarial, vem reforçar os indicadores de desempenho do Doing Business, uma vez que indicam um aumento de 11% do número de empresas entre 2007 e 2012, consubstanciando-se num acréscimo de 1020 empresas em 4 anos (2007: 8.714 empresas; 2012: 9.736 empresas).

Este desempenho do país é fruto de importantes reformas realizadas pelo governo de Cabo Verde, a vários níveis, nomeadamente: a eliminação dos requisitos de capital mínimo para abrir uma empresa; a redução do tempo de formalização de empresas de 11 dias para 2 dias; eliminação da inspecção municipal na abertura e simplificação de outros procedimentos de licenciamento; expansão da cobertura dos sistemas de informação creditícia que utilizam as TIC; descentralização do atendimento aos utentes através das casas do cidadão; facilitação no registo de propriedades com a adopção de taxas fixas; entre outras reformas.
Não obstante, há muito por se fazer para se atingir a meta que se espera que Cabo Verde atinja no ranking, pois, se por um lado há uma enorme facilidade para se abrir uma empresa, nas outras fases do ciclo de vida das empresas, isto é na fases de expansão, operação/maturação e encerramento o sistema continua burocrático. Prova disso são as francas descidas face ao relatório anterior nos seguintes tópicos: “Obtenção de Alvarás” com a descida de 7 pontos e “Obtenção de Crédito” que passou da 128ª posição para o 135º lugar, perdendo assim 4 pontos. Regista-se, também, uma descida de dois pontos em matéria de obtenção de electricidade. No que tange ao Comércio entre Fronteiras, o arquipélago desceu uma posição, mantendo, entretanto, a mesma posição em relação a Execução de Contractos e a Resolução de Insolvência. (ver quadro síntese Doing Business 2014). 

A reversão deste cenário pouco optimista passa em grande parte pela aceleração das reformas assumidas pelo governo, nomeadamente: estabelecimento de procedimentos claros de falência e insolvência; estabelecimento de normas que permitem aos bancos aceitar um leque maior de opções em matéria de activos como garantia; expansão da informação que os bancos têm sobre o histórico financeiro das empresas e dos indivíduos; redução dos custos e do tempo de obtenção de alvarás de construção. 

Consulte mais informações sobre o perfil de Cabo Verde em www.doingbusiness.org



16 dezembro 2013

ADEI presente no V Encontro de Jovens Investigadores Cabo-Verdianos

De 20 a 22 de Dezembro, decorre o V Encontro de Jovens Investigadores Cabo-Verdianos – EJIC, na Sala de Conferencias da Escola de Ciências Agrarias e Ambientais, em São Lourenço dos Órgãos.

Durante o evento, acontecerá a tomada de posse dos órgãos eleitos da AJIC, Entrega o prémio AJIC Jovem Investigador, Aula magna “O papel da investigação na promoção do Desenvolvimento” e, serão apresentados oito painéis: “Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo” e “Economia, Turismo e Desenvolvimento Sustentável”, “Direito, Cidadania Sistemas Políticos e Relações Internacionais”, “Educação, Desenvolvimento e Transformação Social”, “Sociedade, Território e Desenvolvimento”, “ Migrações, Globalização e Diversidade Cultural”, “Ciências Biomédicas, Biologia e Química I”, e “Ciências Biomédicas, Biologia e Química II”.

A ADEI será representada pelo Coordenador da Unidade Inovação e Empreendedorismo, Dr. José Teixeira, que será o moderador do Painel I, intitulado “Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo”.

Programa aqui

05 dezembro 2013

Última Oficina do Empreendedorismo do ano 2013

É já na semana de 9 a 13 de Dezembro, a última Oficina do Empreendedorismo do ano 2013.

Acontece em São Salvador do Mundo e faltar é perder!
Contamos consigo. Participe e leve um amigo.


04 dezembro 2013

Acontece a II Feira Rural das Mulheres

Já no próximo dia 8 de Dezembro, decorre em São Vicente – Calhau, a 2ª edição da Feira Rural das Mulheres no Desenvolvimento. Esta feira surge no âmbito do projecto Fortalecimento da Produção Sustentável e da Estrutura Associativa da Vale de Calhau e Madeiralfinanciado pela Cooperação Espanhola e promovido pelas ONG’s CERAI, Associação Amigos do Calhau e Associação Agro-Pecuária de Calhau e Madeiral com a parceria de MDR, ADEI, CDS e IEFP. 

O evento é organizado pela Comissão de Mulheres criada ao abrigo do projecto e tem como principal objectivo valorizar e promover produtos realizados pelas mulheres do Vale de Calhau e Madeiral, apresentando assim alternativas e o esforço que estas fazem para aumentar a sua renda salientando o importante papel que têm no quotidiano das suas famílias.
A Feira abrirá ao público às 10h de domingo e terá à venda artigos de artesanato, plantas de jardim e produtos agro-alimentares transformados produzidos e expostos pelas mulheres daquela região. A partir das 16h acontecerá o momento cultural com dança, uma performance de teatro pelo grupo Trupe Para Moss e a actuação da cantora Zizi Vaz acompanhada pelo grupo musical ‘Noite de Mindelo’. O encerramento da Feira Rural está previsto pelas 18h. O Restaurante "Serenata" terá o prazer de deliciar os visitantes da Feira com uma rica oferta gastronómica, entre estes muitos ex-libris da gastronomia tradicional caboverdiana.

ADEI presente no Fórum de Desenvolvimento da Brava

A ADEI estará presente no Fórum de Desenvolvimento da ilha Brava, a acontecer nos próximos dias 5, 6 e 7 de Dezembro, na cidade Nova Sintra - ilha da Brava, sob o lema “Actuar no presente, projectar o futuro”. A sessão de abertura conta com intervenções do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Brava, Comandante Orlando Balla, o Sr. Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Defesa Nacional, Dr. Jorge Tolentino, e do Dr. António Duarte, Presidente do INE.

Será feita uma breve caracterização da realidade socioeconómica da Ilha Brava e posteriormente apresentados os painéis:
1.     “Estratégia e Política Nacionais para o Desenvolvimento da Ilha Brava: Os Grandes Desafios”, na qual serão abordados os sub temas: A Realidade Sócio- Económica da Ilha Brava, Descentralização e desconcentração, Políticas bottom-up, top-down ou articulação centro/periferia, Migração e desenvolvimento económico local, Inclusão económica e economia social (jovens, mulheres, pessoas com necessidades especiais, pobres), Protecção ao meio ambiente e economia verde, o uso de fontes alternativas de energia.

2.     “O Potencial Endógeno da Ilha Brava” com sub temas: O potencial endógeno como recurso base para o desenvolvimento, Estratégias de valorização do potencial endógeno, Políticas de articulação entre investidores nacionais para o desenvolvimento económico local, Relação entre o âmbito urbano e o âmbito rural e As parcerias público/privadas e o papel/responsabilidade das empresas.

3.      “A  Economia  Criativa  como  Activo de  Desenvolvimento da lha Brava” em que se abordam sub temas como: Turismo Criativo: A nova geração do Turismo – Um novo futuro para a ilha Brava, O Ecoturismo, Património e a Cultura enquanto valores fundamentais da atractividade do município, Equipamentos Culturais, Eventos com raiz no Património, Touring Cultural, Tradições e Memória.

4.     “Brava e a sua Diáspora – Desafios e Oportunidades” - A contribuição dos quadros da diáspora para o desenvolvimento da Brava e o Quadro legal para facilitar o relacionamento Brava / comunidades emigradas.

02 dezembro 2013

Academia MPME para este mês

O mês de Novembro foi recheado de actividades mas, Dezembro não será um mês parado. A ADEI tem planos para si, fique atento e inscreva-se nas actividades que lhe interessam: